Foi um longo e tenebroso inverno para o Chicago Blackhawks. Agora, 49 anos depois, o time volta a levantar a Stanley Cup. A impaciência estampada no rosto do capitão Jonathan Toews, o mais jovem da história a levar seu time ao título, enquanto forçado a tirar fotos com o comissário da NHL, Gary Bettman, ao invés de erguer o troféu bem alto junto com seus companheiros não era minimamente comparável com a dos fãs de Chicago, muitos que nem estavam vivos na última conquista.
Foi legal, foi estranha, o Philadelphia Flyers fede e Chris Pronger é um idiota. Uma retrospectiva do que aconteceu na série:
- Nos dois primeiros encontros, em Chicago, com derrota dos Flyers, Chris Pronger roubou os pucks logo após o fim do jogo. No penúltimo, também em Chicago e também derrotado, Pronger fez um dos piores jogos de um defensor nas finais. Tudo isso enquanto ocupado em ser idiota.
- Falando em defensores, Duncan Keith foi decisivo. Em metade do tempo decidiu para os Blackhawks, com passes precisos pra abrir a retaguarda de Philadelphia. Na outra metade ele decidiu que seria interessante um pouco mais de emoção nas finais: erros ao dominar o puck, tropeços, passes errados na sua zona de defesa. Keith viveu alguns momentos difíceis na série.
- A julgar pelas demonstrações de afeto que Ville Leino recebeu no gelo, alguém em Chicago não gosta dele. Mas o recém-chegado a Philadelphia (vindo de Detroit, tradicional rival de Chicago) não se abateu: mesmo perdendo parte do jogo 4 - em que fez o gol da vitória - após um hit, Leino terminou a série com 9 pontos (3 gols e 6 assistências). Segundo lugar em Philly, atrás apenas de Daniel Briere.
- Um rookie contra um time que chegou a "vestir" 7 goleiros durante a temporada. Não era pra ser uma série em que os goleiros se destacassem. E não foi. Apenas um jogo teve menos que 5 gols no placar: jogo 2, em Chicago, que terminou 2-1 para os Blackhawks. Incríveis 11 gols foram marcados nos jogos 1 e 5, ambos também em Chicago (vitória dos mandantes por 6-5 e 7-4).
- Mesmo assim Antti Niemi garantiu destaque. Um excelente jogo 2, uma estremecida no jogo 4 e defesas arriscadas, difíceis e importantes durante o jogo 7. O calouro finlandês é o mais novo problema de um Blackhawks com dificuldades de espaço no salary cap. Cristobal Huet tem potencial pra dançar nessa offseason.
- Marian Hossa chegou a sua terceira final consecutiva. Por três times diferentes. Mas dessa vez a história foi diferente. O eslovaco de 31 anos enfim conseguiu gravar seu nome na Stanley Cup. O vice-campeão do ano que vem já chora sua ausência no time...
- Daniel Carcillo só esteve no lineup de Philadelphia no primeiro jogo. Uma horrível decisão de Peter Laviolette, que me privou de risadas infinitas enquanto Carcillo tropeçava sozinho com o puck, era humilhantemente espancado ou simplestemente aparecia com o bigode ridículo...
- Após marcar o gol do título, na prorrogação do jogo 6, Patrick Kane poderia ter tirado uma sonequinha até conseguir dar uma voltinha com o troféu. Minha sugestão pra corrigir esse problema: vá para o Minnesota Wild, Kane! Você vai receber o troféu da mão do capitão, sem problema algum. Pode até colocar isso no contrato...
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