Primeiros jogos de Copa bem fraquinhos por enquanto fazem com que a atenção redobre sobre o “final das Finais” na NBA. Depois de um belo Game 4, com o banco dos Celtics dominando, a série ficou empatadíssima e ainda melhor de se acompanhar. A noite já prometia, era o último jogo na casa dos verdes (Game 6 e 7 serão em L.A.), que continuavam com o dever de ganhar, que dessa vez significaria reverter a situação de dias atrás e virar o placar da série para 3 a 2.
Começo de jogo belíssimo! Muito equilibrado, lá e cá... Um apetite para o que esse jogo viria a ser. Pierce e Garnett marcaram juntos 12 pontos, 8 só do small forward. Do lado dos Lakers, quem comandava era o armador Derek Fisher, que anotou 9 pontos no período inicial, enquanto Kobe (apagado, mas não por muito tempo) marcou apenas 3. Ray Allen continuou arremessando mal, mas agora ficou mais claro o porque do seu mau momento. Descobri que seu filho mais novo que sofre de diabetes, Walker, fora internado com problemas de saúde no sábado, dia 12. Parece que já está tudo ok com a criança, mas com certeza atrapalhou o preparo psicológico de Ray Ray. Segundo quarto iniciando, e o banco de Boston entra em ação. Rasheed, “Big Baby” e Nate Robinson pisaram na quadra e jogaram bem, um pouco melhor que os mais discretos reservas dos Lakers (Odom, Vujacic e Farmar). Rondo liderou os C’s, fez pontos e participou da maioria das jogadas importantes do quarto, inclusive de uma pequena briga com Ron Artest, que havia feito uma falta clara empurrando KG no chão. Após algumas faltas técnicas, tudo voltou ao normal. Enquanto isso, quem ia aquecendo a mão era Bryant, que marcou 7 pontos para os Lakers na etapa. Outro que estava muitíssimo bem era “The Truth” Paul Pierce, que anotou exatos 7 pontos, e foi para o vestiário com 15 pontos na carteira, feliz também com a vitória parcial dos verdes, que ganhavam por 45 a 39.
O terceiro quarto merece uma atenção especial, porque foi histórico. Boston começou dominando na defesa e contra-ataque, e marcou logo 5 pontos no primeiro minuto, em cesta de Rondo e arremesso de 3 de Pierce (que foi resultado de uma linda jogada de equipe). Além disso, Kobe acabara de perder um lance livre sozinho (cobrando falta técnica de 3 segundos no garrafão de Pierce). Tudo parecia perdido para os Lakers, que agora estavam abaixo no placar por 11 pontos. Mas a estrela do craque Kobe resolveu brilhar mais uma noite e ele marcou, nada mais nada menos, que os próximos 19 pontos seguidos para L.A.!!! E isso tudo em apenas um quarto de jogo! Isso mesmo, 19 pontos seguidos em um quarto! Esse é Kobe Bryant, o cara que resolve quase tudo sozinho e comanda o time com autoridade, desponta no momento que é requisitado, um jogador espetacular. Os únicos Lakers a marcarem no quarto, além de Kobe, foram Vujacic (2 pontos) e, o até então muito apagado, Pau Gasol (5 pontos). Para a sorte dos fãs dos Celtics, Pierce estava em noite inspirada e marcou 11 pontos, para manter o placar a favor dos verdes. KG também contribuiu com 7 pontos, além do moleque Rondo, que forneceu 4 assistências. O placar terminou em 73 a 65 para Boston. Até agora, foi, indubitavelmente, o melhor quarto jogado nessa série. Representou bem como cada equipe joga, uma focada em um jogador “alfa” e a outra no trabalho de equipe.
O último período trouxe de volta o equilíbrio dos times (não do placar, que se manteve constante) do primeiro, as duas equipes jogaram com cautela e erraram bastante. Pierce fez apenas 1 ponto e KG 3 para o lado dos Celtics, enquanto Kobe continuou com a mão quente (fez 9 pontos e terminou com incríveis 38) e Gasol fez 5 pontos. Mas não foi o suficiente para vencer a equipe verde, que triunfou por 92 a 86 em casa, e virou o placar da série para 3 a 2. Agora, a vantagem é dos Celtics, que vão para L.A. tentar vencer apenas um jogo, para levarem o 18 título da franquia. Já os Lakers ficam com a obrigação de defenderem home court e presentearem seus torcedores com o troféu das Finals. Neste momento, aposto minha fichas nos Celtics, já que só precisam vencer um dos jogos, mas acho que será no Game 7 (tomara), o que edificará essa série como uma das mais clássicas e equilibradas dos últimos anos.
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